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Cirurgia robótica para câncer de próstata: por que ela faz diferença?

  • Foto do escritor: IUCR
    IUCR
  • 19 de mai.
  • 3 min de leitura

Menor risco de disfunção erétil e incontinência urinária estão entre os benefícios da técnica robótica em cirurgias de pacientes com câncer de próstata


cirurgia robótica

No câncer de próstata, a cirurgia é o principal tratamento. De acordo com a avaliação do caso de cada paciente o médico pode indicar tratamentos complementares como a radioterapia e a hormonioterapia. No campo cirúrgico, a técnica robótica, sem dúvida, representa um grande avanço para pacientes com câncer de próstata. Cada vez mais com base nos resultados mostrados em estudos e, também, pelo observado em nossa prática clínica, a técnica robótica é o método mais seguro e eficiente para paciente com indicação para o procedimento.

 

Técnica minimamente invasiva


Com a técnica robótica, a cirurgia é realizada por meio de quatro pequenas incisões na região abdominal do paciente por meio dos quais são inseridos quatro braços robóticos.


Em três desses braços estão acopladas pinças cirúrgicas que fazem a dissecção dos tecidos na região da cirurgia. Elas se movimentam em 360 graus e conseguem acessar regiões estreitas e angulosas, com movimentos de alta precisão, difíceis de serem realizados diretamente pela mão humana.

 

O quarto braço leva uma câmera acoplada que fornece ao cirurgião imagens tridimensionais e ampliadas dos órgãos internos dos pacientes. A soma do conhecimento do cirurgião à tecnologia resulta em um procedimento minimamente invasivo de elevada precisão.

 

A cirurgia robótica potencializa o talento do cirurgião

 

O robô, diferentemente do que alguns podem pensar, não substitui o cirurgião e, muito menos, minimiza a necessidade de ter no centro cirúrgico um profissional treinado e competente. Mas a técnica potencializa o talento do cirurgião.

 

Em outras palavras, durante o procedimento, o cirurgião tem uma visão de mais qualidade da região que está sendo operada, com imagens de alta definição e ampliadas em até 15 vezes. Além disso, por ser um procedimento minimamente invasivo, menor sangramento comparado a uma cirurgia aberta; consegue ter maios precisão dos movimentos e mais qualidade na dissecção, com auxílio dos braços robóticos.

 

Tudo isso, traz benefícios muito consistentes para o paciente já no período logo após a cirurgia. Dentre os principais podemos citar:


  • menos dor e desconforto;

  • menor perda de sangue;

  • período de hospitalização mais curto;

  • recuperação mais rápida e menos dolorosa;

  • menores riscos de complicações;

  • cicatrizes menores e praticamente imperceptíveis.

 

Menor risco de disfunção erétil e incontinência


Ainda mais importante é a diminuição significativa dos riscos associados a cirurgia de câncer de próstata, entre eles, os mais temidos pelos pacientes são a incontinência urinária e a disfunção erétil. Na cirurgia convencional aberta, o risco de incontinência urinária e disfunção erétil é maior e afeta um número maior de pacientes.

 

Com a cirurgia robótica, as chances de preservar essas funções são bem maiores. Isso porque a qualidade alcançada nos movimentos com os braços do robô permite mais precisão na retirada da próstata, aumentando a chance de preservação da musculatura do esfíncter, que é responsável pelo controle da urina, e dos nervos ao redor da próstata, responsáveis pela ereção.

 

Pacientes operados com técnica robótica costumam recuperar o controle da micção entre três e seis meses após a cirurgia, desde que sigam à risca todas as recomendações do pós-operatório. Já o tempo para recuperação da ereção varia muito de um paciente para outro. Depende de fatores como idade, cuidados pós-operatórios, como estava a função sexual antes da cirurgia, doenças que o paciente tenha, entre outros.

 

Dessa forma, a cirurgia robótica no tratamento de câncer de próstata sempre deve ser uma opção considerada e avaliada, considerando as condições do paciente e a disponibilidade da tecnologia. Isso porque, em linhas gerais, independentemente do estágio da doença, a cirurgia robótica para câncer de próstata apresenta melhores resultados comparada a cirurgia aberta convencional.

 

A técnica robótica é uma opção a ser considerada em:


  • Tumores em estágios iniciais (I ou II), que estão restritos à glândula prostática.

  • Casos selecionados de tumores em estágios III, que são aqueles que cresceram para fora da glândula. Nesses casos, é comum o tratamento ser complementado com sessões de radioterapia e/ou hormonioterapia.

  • Casos selecionados de tumores em estágio IV, ou seja, quando há metástases à distância, com objetivo de aliviar os sintomas e proporcionar mais qualidade de vida do paciente.

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