Cirurgia para tratar câncer de próstata em pacientes idosos: é possível?
- IUCR
- 13 de out.
- 3 min de leitura
A maioria dos casos de câncer de próstata no mundo, cerca de 75%, acontece em homens com idade superior a 65 anos. A cirurgia é considerada o padrão ouro do tratamento desse tipo de câncer, principalmente para tumores localizados, mas não se sobrepõe ao fato de que o planejamento terapêutico sempre deve ser personalizado.

Em pacientes idosos, colocamos na balança fatores como o quadro clínico, risco cirúrgico, se o tumor é mais indolente (crescimento lento) ou agressivo (risco de avançar para outras regiões do organismo).
Vigilância ativa ou cirurgia para tratamento do câncer de próstata?
Ao analisarmos todos esses aspectos do paciente, é possível que o mais adequado seja seguir o caminho da vigilância ativa, que consiste no acompanhamento periódico de tumores de baixa agressividade e baixo risco. Realizamos esse monitoramento por meio de exames de toque retal, PSA (Antígeno Prostático Específico) e ressonância magnética. Caso o câncer mude de comportamento, de indolente para agressivo, consideramos a possibilidade de iniciar o tratamento, que poderá ser cirúrgico.
Voltando a pergunta inicial - Cirurgia para tratar câncer urológico em pacientes idosos: é possível? – a resposta é: “sim, é possível, mas é preciso considerar o custo-benefício de maneira individualizada”. Um procedimento cirúrgico de câncer de próstata diagnosticado em fase inicial tem altas chances de resultar na cura do doença. No entanto, há os riscos inerentes a qualquer cirurgia, como infecção e hemorragia, além de sequelas próprias desse procedimento específico, entre elas a incontinência urinária. Em pacientes idosos, riscos como esses tem uma dimensão maior.
Por exemplo, será que vale a pena operar um paciente com 75 ou 80 anos, diagnosticado com câncer de próstata em que o tumor está localizado, com baixo risco de metástase, e que não provoca qualquer sintoma? Um paciente com esse perfil, certamente, vai se beneficiar da vigilância ativa. A prioridade é manter a qualidade de vida desse paciente. É muito possível que ele usufrua o tempo de vida que lhe resta sem nunca ter qualquer desconforto em relação ao tumor diagnosticado.
Mas não é somente a idade que deve ser considerada na decisão de tratamento. É fundamental avaliar a saúde global do paciente: seu estado funcional e nutricional; existência de comorbidades (diabetes, hipertensão, cardiopatias etc.).
Podemos ter um paciente idoso com câncer de próstata em fase inicial, muito saudável, com vida profissional e social ativa, em que a decisão mais acertada seja fazer a cirurgia ou considerar outros tratamentos, como a radioterapia, que pode destruir o tumor, ou a terapia hormonal, em que medicamentos são utilizados para controlar o crescimento do câncer. Portanto a melhor resposta sempre será aquela elaborada de modo personalizado para o paciente.
Como é feita a cirurgia para tratar o câncer de próstata?
Na cirurgia, são retirados a próstata, os tecidos em volta da próstata, a uretra prostática, as vesículas seminais e as ampolas dos ductos deferentes. Além disso, pode ser necessário a ressecção dos gânglios linfáticos da região pélvica.
A técnica mais moderna e segura para a cirurgia de próstata é a robótica. Com essa tecnologia, um cirurgião treinado controla o robô por meio de um console posicionado na sala cirúrgica. A tecnologia proporciona melhor visualização do campo cirúrgico em uma tela de altíssima resolução e maior precisão de movimentos por meio dos braços robóticos. Para o paciente, a cirurgia robótica resulta em menor risco de sangramento; incisões menores do que o necessário em uma cirurgia convencional; menos dor e recuperação pós-operatória mais rápida.
Como escolher o melhor especialista para tratar o câncer de próstata?
A indicação do tratamento mais adequado e a conquista dos melhores resultados também estão relacionadas à seleção criteriosa do médico capacitado a prestar o melhor atendimento. O recomendado é escolher um cirurgião uro-oncologista, médico preparado para realizar o diagnóstico e manejo de tumores do sistema urológico. Esse especialista possui formação que o credencia a fazer a avaliação inicial e os procedimentos relativos ao tratamento.
Entre os critérios importantes que o paciente e a família devem considerar na escolha desse especialista estão:
experiência comprovada no tratamento de câncer de próstata;
histórico de procedimentos bem-sucedidos que indicam competência profissional;
atuação em instituições de referência;
experiência em tecnologia robótica;
disponibilidade e empatia para ouvir o paciente e familiares e solucionar todas as dúvidas.
A equipe médica do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães (IUCR) é formada por profissionais especializados em uro-oncologia, cirurgia oncológica e oncologia clínica. Além disso, o IUCR é reconhecido por seu amplo conhecimento e experiência em tecnologias minimamente invasivas, entre as quais destaca-se a cirurgia robótica.



