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Destaques do San Antonio Breast Cancer Symposium


Dra. Andréa Paiva Gadelha Guimarães, oncologista clínica do IUCR, esteve em dezembro no San Antonio Breast Cancer Symposium, no Texas. Um evento de grande relevância internacional que reuniu pesquisadores, médicos e estudantes de mais de 90 países para promover a difusão e troca de conhecimento científico sobre o câncer de mama.

Aqui estão os principais assuntos que foram destaques durante o Simpósio e que trazem uma nova perspectiva para o tratamento do câncer de mama, analisados pela Dra Andrea.


Utilização do TDM-1 em pacientes com câncer de mama triplo, com doença residual invasiva pós-tratamento neoadjuvante

O Estudo Katherine, de fase III, avaliou a aplicação do anticorpo droga conjugado trastuzumabe-entansina (T-DMA) em pacientes com câncer de mama residual invasivo após o tratamento com quimioterapia neoadjuvante. Os resultados mostraram que o tratamento adjuvante com T-DM1 reduziu em 50% o risco de doença invasiva ou de morte. Um importante passo que trouxe uma mudança de conduta e impacto na prática clínica do câncer de mama. O estudo por ser de tamanha relevância, também foi publicado na conceituada revista, New England Journal of Medicine, simultaneamente ao evento.


Quimioprofilaxia com Tamoxifeno em baixa dosagem

O Dr. Andrea De Censi, diretor de oncologia do Hospital E.O. Ospedali Galliera, localizado na Itália, apresentou os dados do estudo clínico randomizado fase III que demonstrou que a  utilização de dose baixa de tamoxifeno (5 mg por dia) por 03 anos, comparado a utilização de placebo com intuito de quimioprofilaxia em pacientes com diagnóstico de neoplasia intraepitelial, (tanto carcinoma ductal quanto lobular in situ) pós-operatória, reduziu o risco de desenvolvimento ou recorrência do câncer de mama invasivo, com menor risco de processos tromboembólicos e câncer de endométrio.


Atraso do início do tratamento adjuvante em câncer de mama triplo negativo

Os resultados do estudo retrospectivo apresentado por Zaida Morante, realizado em Lima, Peru, demonstrou que ao retardar em mais de 30 dias o início da aplicação de quimioterapia adjuvante após a cirurgia em pacientes com câncer de mama triplo, houve risco significativamente maior de recidiva da doença e morte em comparação aos pacientes que iniciaram o tratamento nos primeiros 30 dias após a cirurgia.


Dra. Andrea durante o evento

Metanálise sobre extensão do tratamento adjuvante com hormonioterapia por 10 anos

A metanálise incluiu os principais trabalhos que buscaram avaliar o benefício de 5 anos adicionais da aplicação de hormonioterapia com inibidores de aromatase (IA) após os 5 anos de hormonioterapia inicial com tamoxifeno, IA ou ambos em sequência. Foram analisados 11 estudos, com mais de 22.000 pacientes, e os resultados mostraram que a hormonioterapia estendida trouxe redução de risco de recidiva local e à distância, sem impacto em sobrevida global, principalmente do 2º ao 4º ano de tratamento adicional. Já para as pacientes com linfonodos negativos à cirurgia, praticamente não houve benefício de tratamento estendido, reforçando na prática clínica, a indicação de 5 anos adicionais, por ora, para aquelas pacientes que apresentarem linfonodos comprometidos.


Suporte para fogachos

Roberto A. Leon-Ferre , professor da Mayo Clinic, em Rochester Arial , apresentou estudo que demonstrou que o tratamento com Oxibutinina ajuda a reduzir a frequência e a intensidade de fogachos em mulheres que não podem fazer reposição hormonal, inclusive

as que tiveram sucesso no tratamento do câncer de mama.


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