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Sexualidade após o tratamento do câncer

Dra. Andrea Paiva Gadelha Guimarães, nossa oncologista clínica, esteve no III Simpósio de Ginecologia Oncológica, organizado pelo EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, que aconteceu nos dias 03 e 04 de maio, e ministrou aula sobre o tema “Sexualidade após o tratamento do câncer”.


Veja um resumo do que foi abordado por ela durante o Congresso.



Falar sobre sexualidade, mesmo nos dias de hoje, muitas vezes ainda é um tabu. Quando relacionamos esse tema com a fase de diagnóstico e tratamento do câncer se torna um desafio ainda maior e, por isso, esse aspecto acaba sendo negligenciado e deixado para segundo plano.


As pessoas que passam pelo câncer podem apresentar redução do interesse por sexo. A

preocupação pela sobrevida é tão grande que o sexo passa a não ser mais uma prioridade. Além disso, durante o tratamento os pacientes podem perder o desejo sexual em decorrência das sequelas ou efeitos colaterais relacionados ao tratamento, seja ele, a cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia ou imunoterapia. Assim, a fadiga, depressão, baixa autoestima, náusea, dor ou alterações hormonais são alguns sintomas que podem prejudicar a sexualidade.


Nesse cenário, o mais comum é encontrar, de um lado, profissionais de saúde ainda despreparados e muito mais direcionados ao cuidado da doença e, do outro lado, pacientes e familiares que não falam do assunto ou desconhecem os caminhos para isso e precisam de apoio para saber como, onde e quando procurar ajuda.


Reconhecer o problema e a sua importância para a qualidade de vida, implicará em maior conscientização entre todos os envolvidos. Em primeiro lugar, é preciso vencer as barreiras da comunicação e estabelecer um diálogo franco e constante entre pacientes e médicos, entre pacientes e parceiros. Ouvir os medos, as dúvidas e encontrar em conjunto alternativas que contribuam para minimizar as questões pontuadas.


Ainda há um caminho longo a ser percorrido para lidar com as questões de sexualidade e câncer, mas a conversa e o apoio em um contexto multidisciplinar é o início desse caminho.


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