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O tratamento do câncer de bexiga depende do estágio da doença

Este ano no Brasil, a estimativa é que sejam diagnosticados mais de 10 mil novos casos de câncer de bexiga, com maior prevalência em homens do que em mulheres. Por ser uma doença que no início, geralmente não apresenta sintomas, muitas vezes, é diagnosticada em estágios mais avançados. A definição da melhor alternativa de tratamento para cada paciente vai depender desse estágio e, também, do tipo e subtipo do tumor e das condições clínicas do paciente.


O tratamento do câncer de bexiga tem como base 4 pilares que contemplam a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e a imunoterapia ou uma combinação deles. O objetivo é trazer curabilidade e preservar ou reconstruir o trato urinário, quando necessário.

As informações necessárias para essa definição só são obtidas por meio do resultado de alguns exames. Primeiramente, exames de imagem, como a ultrassonografia, a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética do abdômen e da pelve, além de radiografia ou tomografia do tórax para avaliar os pulmões e, também, o resultado da biópsia, que traz o laudo anatomopatológico com todas as características do tipo de tumor. De posse de todos esses dados, aí sim, é definido o tratamento.

1 - Cirurgia

- Ressecção transuretral (RTU) com preservação da bexiga Geralmente no estágio inicial da doença, quando o câncer não invadiu o músculo da bexiga, a indicação é pela cirurgia como primeiro tratamento. Nesse caso, a ressecção transuretral (RTU) com preservação da bexiga. No procedimento, o cirurgião insere um cistoscópio na uretra (canal pelo qual a urina sai do corpo) e na bexiga para remover o tumor por um procedimento de “raspagem”. Não há incisão cirúrgica. Em alguns casos, é necessária a realização de tratamentos adicionais para diminuir o risco de recidiva do câncer.

- Cistectomia Essa cirurgia é indicada em estágios mais avançados, em que o tumor invadiu o músculo ou outros órgãos. O procedimento tem como objetivo remover parcial ou integralmente a bexiga, além dos gânglios linfáticos e órgãos próximos que podem também ter sido acometidos e reconstruir o trato urinário. Nos homens podem ser removidos também a próstata, linfonodos da pelve e as vesículas seminais. Já nas mulheres, podem ser retirados útero, ovários, cúpula vaginal e os linfonodos da pelve. A cistectomia também pode ser realizada por meio de técnica minimamente invasiva ou robótica, o que traz benefícios como incisões menores, menos dor e perda de sangue e recuperação cirúrgica mais rápida. - Tratamento intravesical com bacillus Calmette-Guérin (BCG) Para combater possíveis células cancerígenas remanescentes após a cirurgia e se houver risco da recidiva do câncer, pode ser indicada a terapia com bacilo Calmette-Guérin (BCG), injetado por meio de uma sonda — o mesmo utilizado na vacinação contra tuberculose. Em alguns casos, o câncer de bexiga em estágio inicial pode não responder ao BCG e ser necessária a administração de outros medicamentos.

2 - Quimioterapia A quimioterapia pode ser indicada isoladamente ou de forma associada a outro tratamento, tanto após a cirurgia para casos em há risco de metástases ou em tumores de grande porte, antes da cirurgia, para tentar obter a redução da massa tumoral para que a cirurgia seja mais efetiva e de menor porte.

3 - Radioterapia A radioterapia pode ser indicada antes da cirurgia para tentar reduzir o tamanho do câncer, após a cirurgia para destruir as células cancerosas remanescentes ou quando o paciente, por questões clínicas, não pode se submeter a uma cirurgia de grande porte ou quer preservar a bexiga. Nesses casos, a radioterapia pode ser associada à quimioterapia como um tratamento alternativo.

4 - Imunoterapia A imunoterapia é uma forma de tratamento que usa o sistema imunológico para atacar as células cancerosas. Nos últimos anos, surgiu uma nova classe de medicamentos de imunoterapia chamados inibidores de checkpoint. Em alguns casos, se o câncer for invasivo e se disseminou para órgãos como pulmão, fígado e ossos, pode ser recomendada a utilização desses medicamentos.


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