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Obesidade e câncer: o que realmente é verdade?

Considerada uma pandemia silenciosa, a obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o excesso de gordura corporal em quantidade que causa prejuízos para a saúde. Um dos malefícios é o aumento do risco de certos tipos de câncer, como de mama, intestino, rins, endométrio e ovário.



O que é o câncer e sua relação com a obesidade


O câncer não é uma doença única: trata-se de mais de 100 diferentes tipos de tumores, caracterizados pelo crescimento desordenado de células com algum "problema" genético, que se proliferam e podem invadir tecidos e órgãos.


Também não existe somente uma causa para essa multiplicação celular desenfreada, mas diversos fatores externos, como os hábitos de vida, podem influenciar no aumento ou redução de risco de alguns tipos do câncer.


Um exemplo é o excesso de peso. Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a obesidade é um dos principais fatores de risco para, pelo menos, 13 tipos de câncer, como de rins, mama, endométrio, ovário, vesícula biliar, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, tireoide, meningioma e mieloma múltiplo. A obesidade também passou a ser possivelmente associada a casos de câncer de próstata avançado em homens.


Como a obesidade pode aumentar o risco de um câncer


A obesidade é uma doença metabólica que acumula excessivamente gordura no tecido adiposo (um tecido do corpo que reserva gordura para o organismo utilizar como energia). Essa concentração exagerada pode liberar altas quantidades de uma substância inflamatória, chamada citocina, que instaura um processo de descontrole sobre as células, justamente como é a origem de um câncer: com o crescimento celular desordenado.


Com isso, durante a obesidade, o organismo pode ficar inflamado de forma constante, o que aumenta os riscos de desenvolvimento do câncer durante todo o período, até que a pessoa consiga tratar ou amenizar essa condição.


Por fim, algumas células de gordura também podem se converter em hormônios sexuais e, em casos como de mulheres na menopausa, por exemplo, esse maior tempo de exposição pode aumentar o risco de tumores na mama e no endométrio.


A obesidade também pode interferir no tratamento do câncer. Pacientes com excesso de peso, geralmente, podem ter maior chance de recidiva da doença, ou seja, dela retornar após o tratamento.


Vale destacar que a obesidade ainda pode causar outros problemas de saúde, como hipertensão arterial, artroses, artrites, pedras na vesícula, refluxo esofágico, entre outras condições cardiológicas, circulatórias e dos demais sistemas do corpo.


Como se calcula a obesidade?

Um indivíduo é considerado obeso quando o seu Índice de Massa Corporal é igual ou maior que 30 kg/m². O cálculo do IMC é o peso dessa pessoa, em kg, dividido pelo quadrado da altura (ou seja, fazer esse número vezes ele mesmo), em metros. Existem calculadoras online que facilitam esse cálculo.


Entretanto, quem apresenta IMC entre 25 e 29,9 kg/m² é diagnosticado com sobrepeso e já pode correr riscos decorrentes desse excesso de gordura.


A obesidade é considerada uma doença crônica e que envolve aspectos físicos, psicológicos e emocionais. Portanto, lembre-se que prevenir ou tratar a obesidade, especialmente sob orientações médicas, pode ser um fator decisivo para a sua saúde, inclusive no sucesso do tratamento de um câncer.

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