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Transplante de rim pode ser opção de tratamento para câncer de rim?

  • Foto do escritor: IUCR
    IUCR
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

Diferentemente do que muitos podem pensar, o transplante de rim – cirurgia que substitui o órgão doente por um saudável – não é uma opção de tratamento para o câncer de rim. Na realidade, esse procedimento é contraindicado para esses pacientes.

 

câncer de rim



Inicialmente considera-se o risco de recorrência do câncer associada a taxa de mortalidade, que diminui  o benefício de sobrevida projetado do transplante.


Outro fato importante é que pacientes transplantados precisam fazer uso pelo resto da vida de medicamentos imunossupressores, que reduzem a capacidade do sistema imunológico de combater células cancerígenas. Estudos mostram que pessoas que fizeram transplante de órgão têm maior chance de desenvolver doenças oncológicas do que os que nunca  passaram por esse procedimento.

 

Um dos protocolos de segurança de transplante de órgãos exige que o paciente esteja livre de câncer por um período mínimo, que pode variar de dois a cinco anos, dependendo do tipo de doença oncológica. Esse intervalo tem como objetivo garantir que não há doença ativa no organismo ou risco alto de recidiva da doença.


Dessa forma, um paciente de câncer renal que teve um tratamento bem-sucedido, teoricamente, pode ser considerado para um transplante apenas se desenvolvesse posteriormente uma insuficiência renal e, mesmo assim, depois de um período livre da doença oncológica.

 

Tratamento de câncer de rim


No caso de câncer de rim,  outros recursos que não o transplante fazem parte das alternativas de tratamento indicadas de acordo com o plano individualizado elaborado para cada paciente. Entre eles:

 

  • Nefrectomia (remoção cirúrgica do rim ou parte dele), que pode ser realizada por plataforma robótica a depender do caso.

  • Terapias ablativas (radiofrequência, crioablação)

  • Imunoterapia

  • Terapias-alvo

  • Quimioterapia em casos específicos

     

Insuficiência renal


Em geral, casos de pacientes que evoluem para insuficiência renal, que pode tornar-se crônica, contam com duas alternativas de tratamento: a diálise ou o transplante de rim. Esta última, quando há indicação, é a alternativa mais eficaz e consiste na substituição cirúrgica do rim doente por um saudável para restaurar a função renal.

 

A principal tarefa dos rins é filtrar o sangue, removendo resíduos tóxicos, resultados do metabolismo do organismo, presentes na circulação sanguínea. Também proporcionam equilíbrio hídrico no corpo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos. Com isso, diminuem as chances do aumento da pressão arterial e do aparecimento de edemas. Os rins também participam da produção de hormônios.

 

Antes de realizar um transplante, o paciente é detalhadamente avaliado em relação a sua condição clínica e elegibilidade para o procedimento. Caso o paciente não tenha um doador compatível, ele é colocado na lista do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), coordenada pelo Ministério da Saúde. O SNT integra secretarias de saúde e hospitais para gerir a doação, captação e distribuição de órgãos por meio de uma fila de espera pública e única. O acesso ao transplante é gratuito para a população, financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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