Vou precisar fazer uma biópsia: e agora?
- IUCR
- há 2 dias
- 3 min de leitura
As biópsias, muitas vezes, são essenciais para fechar o diagnóstico de uma patologia e conduzir o tratamento. Por serem procedimentos invasivos (alguns mais, outros menos), os pacientes podem ficar apreensivos. Mas a realidade é que as biópsias são seguras e realizadas sob anestesia local ou sedação, o que evita que o paciente sinta dor ou desconforto durante o procedimento.

A biópsia urológica pode ser um procedimento necessário para o diagnóstico de patologias no sistema urinário ou no aparelho reprodutor masculino. No caso de suspeita de doenças oncológicas, a biópsia é o exame padrão ouro para confirmar ou excluir essa possibilidade e, em caso afirmativo, fornecer ao médico informações essenciais para a condução do melhor tratamento do paciente.
Quando o médico indica a biópsia?
Em geral, a indicação de uma biópsia urológica acontece depois de exames de imagem que mostram a presença de uma lesão ou anormalidade. Além disso, exames laboratoriais, como análise de sangue e de urina, podem mostrar a necessidade de uma investigação mais aprofundada. Entre os principais motivos que podem levar seu médico a solicitar uma biópsia estão:
Suspeita de câncer de próstata, bexiga, rim ou testículo;
Avaliação de lesões ou massas detectadas em exames de imagem;
Monitoramento de pacientes com histórico de câncer urológico;
Investigação de doenças inflamatórias ou infecciosas que afetam o sistema urinário.
Como são feitas as biópsias?
O exame acontece por meio da coleta de amostras de tecido da região investigada e, para cada parte do sistema urológico, existem técnicas diferentes que consideram o local, o tamanho da lesão, a acessibilidade e o objetivo do procedimento. Essa amostra é encaminhada para a análise do médico patologista, responsável pelo laudo do exame.
A biópsia de próstata, por exemplo, costuma ser realizada por meio de uma punção transretal guiada por ultrassom, com auxílio de agulhas finas para coletar as amostras de tecido. Já uma biópsia de bexiga pode ser feita durante uma cistoscopia, exame com a inserção de um tubo com uma minicâmera, que permite ao médico visualizar as áreas da bexiga e da uretra na tela de um monitor e ainda coletar amostras.
A biópsia de rim, por sua vez, pode ser feita por punção percutânea, guiada por imagem, para obter o tecido do rim. Por fim, a biópsia de testículo é realizada por um procedimento cirúrgico para coletar a amostra.
Será que vou sentir dor durante a biópsia?
Agora que você já tem uma ideia geral sobre cada um desses tipos de biópsia, é hora de desmitificar sobre possíveis dores durante o procedimento: isso não acontece porque a maioria das biópsias urológicas é feita com anestesia local ou sedação.
Outro receio comum é sobre a segurança desses procedimentos, principalmente os mais invasivos. A biópsia urológica é considerada na medicina um procedimento relativamente simples e seguro, feito por profissionais preparados para essa técnica diagnóstica.
Há pacientes que ficam preocupados com possíveis complicações, como sangramento, infecção ou dor prolongada. Mas eventos como esses são muito raros e, caso ocorram, são perfeitamente controláveis. Há orientações fornecidas pelo médico que devem ser seguidas antes e após o procedimento que reduzem ainda mais os riscos de qualquer evento indesejável.
Não postergue sua biópsia
Outro fator que gera ansiedade no paciente diz respeito ao resultado que esse tipo de exame pode revelar. O medo de receber o diagnóstico de uma doença grave pode se instalar antecipadamente e causar sofrimento. No entanto, a realização de uma biópsia nunca deve ser postergada diante da solicitação de seu médico.
Lembre-se que o exame pode excluir um diagnóstico de câncer, por exemplo. E, no caso de confirmar a existência de um tumor maligno ou de outra doença, o melhor para sua saúde é saber disso o quanto antes. Desse modo é possível iniciar o tratamento adequado precocemente e obter o melhor resultado em prol de sua saúde.