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Em quais casos de câncer urológico a cirurgia robótica é indicada?

  • Foto do escritor: IUCR
    IUCR
  • há 10 minutos
  • 3 min de leitura

A cirurgia robótica vem ganhando cada vez mais espaço na urologia, especialmente no tratamento dos cânceres de próstata, rim e bexiga. Com auxilio do robô, o cirurgião consegue ter mais precisão, alcançar regiões de difícil acesso pelo método convencional e, ainda, atuar com um procedimento minimamente invasivo. Tudo isso contribui para que o paciente se recupere mais rápido e tenha menor risco de sequelas.


cirurgia robótica

Cânceres urológicos são os que acometem o trato urinário -  bexiga, rins, glândulas suprarrenais, ureter e uretra — e,  além disso, nos homens, a próstata, os testículos e o pênis. O plano de tratamento dessas doenças oncológicas deve ser realizado de maneira individualizada, de acordo com a avaliação do quadro de cada paciente.

 

Mas, em linhas gerais, podemos dizer que o tratamento desses cânceres é realizado com base no tripé  cirurgia, terapia medicamentosa e radioterapia que podem ser utilizados de maneira conjunta ou separada. Com raras exceções, a cirurgia, sem dúvida, constitui o principal tratamento e a técnica robótica tem se consolidado como a forma mais moderna e efetiva, principalmente, em casos de câncer de próstata, de rim e de bexiga.

 

Para entender o porquê, vamos resgatar um pouco a origem dessa técnica e como ela acontece no centro cirúrgico. A cirurgia robótica pode ser considerada uma evolução da laparoscopia – procedimento minimamente invasivo que permite ao médico visualizar os órgãos internos por meio de pequenas incisões no abdômen, com o auxílio de uma câmera que proporciona uma visualização interna em tempo real durante a cirurgia.

 

Entra em cena o robô


Na cirurgia robótica, o robô  entra em cena para cumprir a função de controlar a câmera e os  delicados instrumentos cirúrgicos.  Similar ao que acontece na laparoscopia, são realizadas algumas pequenas incisões, menores  do que 1 cm, na região abdominal do paciente por onde entram a câmera e as pinças cirúrgicas. Os braços do robô funcionam como uma “extensão” do cirurgião treinado na técnica que toma todas as decisões e controla o procedimento na sala cirúrgica por meio de um console. O robô reproduz de maneira precisa os movimentos das mãos do cirurgião.

 

Nos cânceres urológicos, a cirurgia de próstata está entre os procedimentos onde mais se utiliza o robô. Os benefícios da técnica nesse tratamento estão em proporcionar maior precisão, sendo menos invasivo, melhorando os resultados oncológicos e funcionais como preservação da continência urinária e da função erétil.

 

No tratamento do câncer de rim, quando a indicação é uma nefrectomia parcial, ou seja, a retirada apenas do tumor, preservando o restante da estrutura saudável do órgão e seu funcionamento, a precisão da técnica robótica é uma grande aliada. Da mesma forma, a técnica robótica pode ser aplicada para em casos de cânceres de bexiga onde é necessária a extração do órgão e reconstrução do aparelho urinário com tecido do intestino.

 

Mais precisão, menos sequelas


Dessa forma, a cirurgia robótica é uma técnica que demonstra ser mais eficiente principalmente em procedimentos complexos, como na urologia. Aqui estão algumas vantagens para o paciente e para o cirurgião:

 

  • Maior precisão: câmera 3D amplia o campo de visão cirúrgico com excelente definição de detalhes. O robô possui quatro braços  totalmente articulados, um deles leva a câmera, dois funcionam como as mãos esquerda e direita do cirurgião e o terceiro como uma mão auxiliar. As pinças robóticas permitem entrar em áreas muito restritar e fazem movimentos muito precisos, preservando os tecidos saudáveis.

     

  • Incisões menores levam a menor sangramento, comparado a cirurgia convencional, menos dor e recuperação mais rápida no pós-operatório. Além disso, diminui o risco do paciente precisar de transfusão durante a cirurgia.


  • Tudo isso contribui para diminuir o risco de sequelas e a recuperação mais rápida da continência urinária, potência sexual e retorno mais precoce às atividades habituais

 

Mais de 5 mil cirurgias robóticas


Por todos esses motivos, a cirurgia robótica tem avançado muito na urologia e em outras especialidades nos últimos anos. Pioneira na utilização da técnica no Brasil, há mais de 10 anos, a equipe do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães (IUCR) faz parte dessa história com a realização de mais de 5 mil cirurgias, treinamento de mais de 200 médicos na técnica e implementação de mais de 10 programas robóticos em diferentes hospitais do país.

 

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