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Quais os estágios do câncer de próstata e o que isso influencia no tratamento?

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com dados publicados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 72 mil novos casos da doença no país para cada ano, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.


A próstata é uma glândula do sistema genital masculino localizada abaixo da bexiga na frente do reto, responsável pela produção de parte do sêmen. O seu tamanho varia com a idade: em homens mais jovens costuma ter a dimensão de uma noz, mas pode ficar muito maior em idosos.


O tipo mais comum de câncer de próstata é o adenocarcinoma, que constitui cerca de 95% dos tumores malignos nessa região. Na maioria das vezes, esse tipo de câncer apresenta desenvolvimento lento e são menos frequentes os casos mais agressivos.


Diagnóstico do câncer de próstata


O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso do tratamento do câncer de próstata. Para isso, é necessário realizar os exames anuais de rastreamento a partir dos 50 anos. Caso haja histórico familiar da doença, o acompanhamento deve ser iniciado a partir dos 45 anos.


O rastreamento consiste na realização de um exame de toque retal e de PSA (antígeno específico da próstata). Caso o médico suspeite de câncer, uma biópsia será feita para confirmar o diagnóstico.


Estadiamento do câncer de próstata: extensão e gravidade da enfermidade


O câncer de próstata pode ser classificado pela extensão do tumor ou pela área afetada. Essa classificação é chamada de estadiamento e facilita a definição do tratamento pela equipe médica.


O estadiamento é realizado em grupos prognósticos de 1 a 5. Valores mais baixos significam um tumor pequeno ou localizado somente na próstata. Um número maior pode representar um câncer em um cenário mais agressivo e que tenha se espalhado para outras partes do corpo.


No estágio I são encontrados tumores pequenos, que não evoluíram para fora da próstata. Geralmente, eles crescem lentamente e não provocam sintomas. Aqui, a vigilância ativa pode ser a opção mais indicada, uma prática que consiste em um monitoramento do paciente, sem que se retire o tumor de imediato com uma cirurgia ou radioterapia.


No estágio II, os tumores são maiores, mas ainda estão localizados apenas na glândula prostática. Também não costumam provocar sintomas. Assim como no estágio I, a vigilância ativa pode ser uma opção. No entanto, a equipe médica avaliará a necessidade de um tratamento como cirurgia ou radioterapia para remoção do câncer.


No estágio III, os tumores já cresceram para além da glândula prostática, com a possibilidade de terem atingido a bexiga ou o reto. Eles têm maiores chances de recidivar (retornar) após o tratamento.


Já os tumores no estágio IV se alastraram para os ossos, linfonodos e outros órgãos – em um processo chamado metástase. A maioria desses tumores pode não ser mais curável, mas podem ser tratadas para manter a doença sob controle durante o maior tempo possível e melhorar a qualidade de vida do paciente.


Tratamentos


Após a confirmação do diagnóstico e do estadiamento da doença, a equipe médica discutirá com o paciente as melhores opções de tratamento, assim como os benefícios de cada opção, seus possíveis riscos e efeitos colaterais.


Dependendo do estágio do câncer de próstata e de outros fatores, como a condição de saúde do paciente, as principais opções de tratamento podem incluir radioterapia, imunoterapia, quimioterapia e, principalmente, cirurgia, que podem ser realizados separadamente ou combinados.

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