Os principais recursos de tratamento para o câncer do colo do útero, incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia, que podem ser utilizados de modo isolado ou combinados, dependendo do estágio da doença.
No Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de doença oncológica mais incidente entre mulheres. A informação é do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Após ser diagnosticado, os principais recursos de tratamento para esse tipo de câncer, incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia, que podem ser utilizados de modo isolado ou combinados, dependendo do estágio da doença.
Todas as opções de tratamento devem ser discutidas com a paciente, assim como seus possíveis efeitos colaterais. Além das necessidades específicas da paciente, como o desejo de uma futura gravidez, a decisão por determinado tipo de tratamento levará em conta aspectos como sua idade e seu estado de saúde geral.
Quimioterapia e radioterapia
Se o câncer estiver em estágio inicial é possível que a paciente seja encaminhada para cirurgia, seguida por um tratamento complementar que pode ser quimioterapia ou radioterapia. Esses procedimentos são indicados a pacientes que apresentam maior risco de recidiva do câncer.
Casos mais avançados, com comprometimento dos gânglios linfáticos da pelve ou de outros órgãos podem ser tratados com quimioterapia com cisplatina e radioterapia combinados associados imunoterapia conforme dados de benefícios de estudos recentes . Nesse esquema de tratamento, a quimioterapia tem o papel de potencializar o efeito da radioterapia.
Na maioria dos casos, o tratamento provoca alguns efeitos colaterais que são bem tolerado pela paciente. A cisplatina não provoca queda de cabelo. Entre os possíveis efeitos colaterais estão: náuseas, vômitos, cansaço, intestino preso ou diarreia. Todos esses incômodos podem ser controlados com medicamentos e maior ingestão de água.
Terapia-alvo e imunoterapia
A imunoterapia vem ganhando espaço e benefício tanto na doença localmente avançada quanto na doença metastática ou recidivada .
Na doença recidivada hoje a imunoterapia vem sendo utilizada concomitante a quimioterapia e associada ou não a terapia alvo com inibidor de VEGF , chamado bevacizumabe que atua na inibição da proliferação vascular, com benéficos de sobrevida.
Diferentes tipos de cirurgias
Sobre os procedimentos cirúrgicos, quando indicados, há quatro tipos principais de técnicas.
A escolha está relacionada, entre outros aspectos, ao tamanho do tumor. São elas: conização, traquelectomia, histerectomia total e histerectomia radical.
A conização é a remoção de um fragmento amplo do colo do útero em formato de cone, com objetivo de englobar uma base e aprofundar em direção ao canal cervical, que liga a cavidade do útero ao colo. Na traquelectomia, há a remoção total do colo do útero até sua união ao corpo do útero. Há casos em que a retirada do colo é suficiente e outros em que as células de câncer se espalharam, sendo necessário remover os ligamentos que ficam ao redor do colo.
A histerectomia total, por sua vez, consiste na retirada total do colo e do útero. Pode ser realizada com uma cirurgia convencional aberta ou métodos minimamente invasivos, como a laparoscopia assistida ou não por um robô. Na histerectomia radical, além de remover o útero, o cirurgião retira o terço superior da vagina, ligamentos uterinos e linfonodos pélvicos.
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